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RUPTURA DO BICEPS NO COTOVELO (ruptura do bíceps distal)
O bíceps é um músculo da frente do braço e é grudado aos ossos do ombro e do cotovelo por tendões. Tanto no ombro, quanto no cotovelo, podem ter rupturas.
Para lesá-lo no cotovelo, geralmente é necessário uma força excessiva com o cotovelo esticado (pegar uma caixa pesada no chão, por exemplo) e, uma vez rompido completamente, não se regenera sozinho. Mesmo com ruptura, o paciente consegue movimentar o cotovelo porque outros músculos desempenham funções semelhantes ao bíceps.
As rupturas do bíceps no cotovelo, podem ser parciais ou completas, podendo ser no meio do tendão ou onde ele está grudado no osso. Quando completamente rompido, na maioria das vezes, está arrancado do osso. Muitas vezes o tendão já está alterado para se romper, mesmo o paciente não tendo sintomas prévios.
O uso de anabolizantes, tabagismo, algumas doenças e medicações que alteram os tendões, uso frequente de bebidas de álcool e tendinite crônica, modificam a característica do tendão, deixando-o doente (tendinopatia). Algumas vezes não se identificam fatores que facilitem a ruptura.
Como citado anteriormente, é necessário uma força com o cotovelo esticado para que haja a lesão do tendão. Além disso o paciente percebe o momento em que isso ocorre, pelo estalido no cotovelo e dor. Em alguns pacientes, é possível perceber uma bola no meio do braço, devido ao encurtamento do músculo, além do hematoma local.
Dor e redução de força para dobrar cotovelo e girar o antebraço são sintomas frequentes relatados pelos pacientes.
Exames
Raio-x
Não faz o diagnóstico, mas pode ser útil para excluir outras alterações que causam dor no cotovelo
Ecografia/ Ultrassonografia
Exame que detecta a ruptura na maioria das vezes. Porém em algumas situações, devido a limitação na realização do exame, é difícil avaliação se foi parcial ou total.
Ressonância magnética
Exame completo para avaliação da lesão e o local onde foi, se junto ao osso, como um arrancamento, ou se foi em outros lugares do tendão.
Tratamento
A cirurgia é o principal tratamento para as rupturas do tendão do bíceps no cotovelo. Isso faz com que retorne a força para dobrar o cotovelo e girar o antebraço.
Algumas técnicas são descritas. Devido aos bons resultados e baixo índice de complicações, a minha preferência é pela técnica consagrada com dois acessos de aproximadamente 3 cm ao redor do cotovelo. O tendão é reinserido novamente no seu local de origem, em um procedimento de aproximadamente uma hora.
Não se deve esperar para operar. Geralmente a dor alivia com medicação nos primeiros dias e dá a falsa sensação que o problema está resolvido. Após 2 semanas de ruptura, a musculatura encurta e a cirurgia fica muito mais trabalhosa, muitas vezes necessitando técnicas diferentes, enxertos e nem sempre com os mesmos resultados.
O uso de imobilização por alguns dias é necessário e logo é iniciada a reabilitação, com o paciente voltando a realizar as funções do dia a dia. A medida que a cicatrização acontece, é feito reforço progressivo da musculatura, até o retorno às atividades físicas, em um período aproximado de 3 a 6 meses.
Existe a opção de tratamento sem cirurgia, porém é reservado aos pacientes com contraindicação à cirurgia por problemas clínicos, pacientes com baixo nível de atividade e idosos, já que a redução da força do membro não costuma ser um problema.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width=”1/3″][vc_column_text][conteudosideinterna][/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]